Colunas

Para colocar na agenda – 2º semestre 516b2l

De julho a dezembro, sua diversão pode variar de um bom sofá com televisão a aventuras acima dos 6 mil metros. O importante é aproveitar o melhor de cada mês.

14 de março de 2006 · 19 anos atrás
  • Ana Araujo 234b32

Seis meses já se aram e o desafio ainda está por vir. Uma vez encontrados e desbravados todos os destinos sugeridos no primeiro semestre, o condicionamento deve estar em dia para cumprir as exigências da agenda do segundo semestre deste ano. São trilhas mais fortes, escaladas mais longas e, finalmente, o ápice desta jornada: a alta montanha. Mas para recuperar as energias antes de começarmos essa viagem, imaginem só: 2006 é ano de Copa do Mundo.

Julho: Copa do Mundo

Como diz um amigo, treino é treino e jogo é jogo. Eu acrescento – e o Brasil é o país do futebol. Apesar de não estar na minha lista de esportes outdoor, o futebol brasileiro é, a cada quatro anos, o único esporte existente no país e merece um parágrafo de atenção. Em julho teremos as quartas-de-final, as semifinais e a final do campeonato mundial. Acho uma crueldade ficar isolado em qualquer lugar, mesmo que seja paradisíaco ou desafiador, e só saber se o Brasil é hexa ou não pelos ecos distantes dos gritos da torcida “plugada” mais próxima. Por isso, neste mês recomendo casa, televisão e sofá. E, de equipamentos, todas as mandingas, amuletos e patuás para torcer pra nossa seleção.

Agosto: Illimani/ Bolívia

Agosto é praticamente o único mês deste ano sem feriados ou algum outro bom motivo para faltar o trabalho, como a Copa do Mundo. Por isso é ideal para as férias oficiais. E já que o assunto é férias, esta é a época para reservar pelo menos 20 dias na agenda para uma expedição diferente, exigente e inesquecível – Illimani, a 6.400 metros de altitude, aqui do lado, na Bolívia.

Para chegar a La Paz, o viajante tem algumas opções: pode seguir direto de avião, chegando ao aeroporto mais alto do mundo, a 3.962 metros acima do nível do mar. Ou ser mais irreverente e pegar um ônibus até Corumbá (MS), seguindo pelo Trem da Morte, famoso por suas histórias de suspense. A partir de Santa Cruz de La Sierra, os translados são feitos de ônibus local.

Agora têm início as atividades, começando por uma aclimatação de quatro dias conhecendo a região através de eios, o que inclui o Lago Titicaca, cercado pela Cordilheira Real e as trilhas da era pré-inca, no trekking de Taquesi. Nos próximos dias, muitas escaladas em gelo e um trekking de tirar o fôlego conhecendo primeiro o pico de Huayna Potosi, a 6.096 metros de altitude e depois, finalmente, o pico de Illimani, a 6.400 metros. Eu adoraria escrever cada detalhe desta viagem, mas só posso realizar esse desejo em agosto. Me aguardem.

Setembro: Salinas/ RJ

Um feriado emendado, escaladas, caminhadas e toda a contemplação do céu que um bom montanhista precisa para se certificar de que a vida vale a pena de ser vivida. As montanhas e o frio de Salinas são os destinos perfeitos para este mês da independência. Localizado na região serrana do Rio de Janeiro, o Parque Estadual dos Três Picos (ou Salinas, para os mais íntimos) é o ponto culminante da Serra do Mar, com montanhas a 2.310 metros de altitude. Abriga trilhas longas e exigentes, além de escaladas impressionantes desde a década de 40, quando o Pico Maior foi conquistado.

As possibilidades aqui são inúmeras. No parque o montanhista pode explorar caminhos pelo Pico Médio, Pico Maior, Ronca Pedra, Caixa de Fósforos, Capacete, Pedra da Norma e a mais freqüentada Travessia Três Picos — Vale dos Frades. As trilhas são todas bem longas, independentemente do seu grau de dificuldade, variando de cinco a sete horas de caminhada. Os escaladores que preferem a escalada tradicional e em móvel vão se apaixonar por este lugar: a “meca” da escalada em parede no Rio de Janeiro. A filosofia da abertura de novas vias de escalada da região, desenvolvida por grandes escaladores como Sérgio Tartari, Alexandre Portela e Sérgio Poyares, adota a postura da “escalada limpa”, maximizando as proteções naturais da pedra como fendas e chaminés, evitando assim a necessidade de grampeação e agressão ao meio ambiente.

A via mais freqüentada é conhecida como a “Leste”, culminando no Pico Maior, e exige muito compromisso do escalador que decidir aventurar-se por ela. São 17 paradas ao longo de aproximadamente 600 metros de proteções longas por fendas, chaminés, aderências e lances em artificial, requerendo técnica, familiaridade e conforto ao estilo “Salinas” de escalada. Mas, cá entre nós, quem não quer ter esse “estilo” no currículo?

Outubro: Petrópolis – Teresópolis/ RJ

O mês de outubro oferece mais uma oportunidade para emendar o feriado, que ocorrerá originalmente em uma quinta-feira. É bom aproveitá-lo para realizar a Travessia Petrô-Terê tranqüilamente. Afinal, não dá para concluir o ano sem conhecê-la ou mesmo repeti-la, independentemente de onde você more. Essa travessia de 30km de muita caminhada pode ser realizada em dois dias e meio ou em um dia, para os mais condicionados e menos interessados em aproveitar a paisagem deslumbrante da região.

Os marcos inesquecíveis para quem fez ou quem planeja fazer são: o início da viagem na entrada do parque em Petrópolis, onde o asfalto é oficialmente deixado para trás; o Ajáx, ponto de descanso antes da tradicional Isabeloca, o trecho mais exigente da caminhada com uma pirambeira bem inclinada, mas que dá o a um mirante para todo o vale percorrido no primeiro dia; Castelos do Açu, uma formação rochosa curiosa e belíssima para o pernoite; Subida do Elevador, simplesmente uma escadinha de vergalhões criada para facilitar a vida de quem a; Pedra da Baleia, uma mistura de exposição e encantamento, principalmente se você decidir virar e olhar para trás ao ar por ela, para conferir a vista; o meu predileto, Vale dos Ecos, onde até se esquece de gritar para sua metade abstrata perante a grandeza do complexo de pedras como a Pedra do Sino e o Garrafão (acima e ao seu lado respectivamente); Salto do Cavalo, para dar uma pitada de adrenalina ao trekking; a Pedra do Sino, o grande prêmio da viagem a 2.263 metros de altitude e que merece metade de um dia apenas para curti-lo; e a entrada do parque em Teresópolis, chegada que marca o final da viagem depois de algumas horas de descida.

Impossível não querer repetir.

Novembro: Caçapava do Sul/ RS

Feliz Ano Novo

Leia também 1b437

Salada Verde
30 de maio de 2025

Sociedade civil protesta contra PL que quer acabar com o licenciamento 3e3u1p

Mobilização ocorre em ao menos 12 capitais. Protestos estão marcados para ocorrer neste domingo e marcam o início da semana do meio ambiente

Salada Verde
30 de maio de 2025

Chance de aquecimento da Terra ultraar 1,5°C aumentou, mostra estudo 6h3f5g

Países caminham para que a principal meta do Acordo de Paris seja descumprida. Chance de que o aquecimento fique entre 1,5ºC e 1,9ºC em pelo menos um dos próximo cinco anos é de 86%, diz ONU

Reportagens
30 de maio de 2025

Como comunidades de fecho de pasto conservam o Cerrado no oeste baiano 6x4y6b

Há 300 anos vivendo no bioma, modo de vida fecheiro envolve a criação de gado para subsistência e a proteção da vegetação nativa

Mais de ((o))eco 386al

mata atlântica 3i6w4g

Notícias

Brasil tem 34 espécies de primatas ameaçadas de extinção d7343

Análises

A importância da rede de colaboração em prol da conservação dos manguezais no litoral norte do Paraná 314x73

Notícias

A alta diversidade de aves em Bertioga, no litoral de SP 54d1h

Salada Verde

Ação prende casal que capturou macaco-prego no Parque Nacional da Tijuca 5o2g6f

icmbio u5v14

Notícias

Brasil tem 34 espécies de primatas ameaçadas de extinção d7343

Notícias

Conheça os oito parques nacionais mais visitados em 2024 4h2g22

Reportagens

Superlotação de animais e más condições geram nova crise no Cetas-RJ 245z1d

Salada Verde

Enquete mantém alta rejeição a rebaixamento da Serra do Itajaí de parque para floresta nacional 1a2x3r

clima e energia 3a4t2x

Notícias

Não cabe ao MMA definir o caminho da política energética brasileira, diz Marina Silva hu4u

Colunas

Nordeste Brasileiro: A Região esquecida no centro do debate climático 3c5m2b

Colunas

Os desafios da diplomacia climática em 2025 2v221n

Reportagens

Congresso aprova marco da eólica offshore com incentivo ao carvão   6240u

ICS 6p4522

Notícias

Perda global de florestas atinge recorde em 2024, mostra estudo da WRI 3l3w55

Notícias

Transição energética entra de forma discreta na terceira carta da Presidência da COP30 161u3k

Salada Verde

Veja como votou cada senador no projeto que implode o licenciamento ambiental 6oy3g

Reportagens

Brasil aposta na conciliação entre convenções da ONU para enfrentar crises globais 3p1w31

Deixe uma respostaCancelar resposta 2s56o

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.