Quem achou que nada sairia da 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas teve nesta terça uma grata surpresa. Países signatários do Protocolo de Quioto aprovaram a estrutura istrativa do Fundo de Adaptação, órgão que será responsável por investir nos países mais vulneráveis a catástrofes naturais causadas pelo aquecimento global.
O Fundo de Adaptação do Protocolo de Quioto possui cerca de 36 milhões de dólares advindos de uma taxa de 2% cobrada sobre transações de crédito de carbono. A briga em Bali era para decidir quem iria gerenciar essa grana. Países ricos queriam o Global Environmental Facility (GEF), orgão dominado por burocratas de Washington ligados ao Banco Mundial. Já as nações em desenvolvimento propam a formação de um comitê gestor próprio para o fundo. Para a felicidade das ONGs e países pobres, o GEF perdeu a parada.
A próxima briga será sobre como botar mais dinheiro neste fundo. Basta lembrar, que a ONU acaba de soltar um dado de que serão necessários 50 bilhões de dólares por ano (!!!) para financiar projetos de adaptação, principalmente na África, que está sujeita a grandes secas. Uma sugestão que se ouve aqui em Bali, ainda que sem grande alarde, é que o dinheiro da adaptação poderia vir da taxação de viagens aéreas. A aviação, afinal, é uma atividade altamente poluidora e não tem nenhuma restrição sobre suas emissões.
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