Quem disse que carnaval não combina com meio ambiente talvez nunca tenha dado uma olhada mais de perto nas letras de sambas-enredos, que encantaram e encantam carnavais ados e presentes. Historicamente, a ligação das escolas de samba do Rio de Janeiro com a temática ambiental recebeu um “incentivo” devido a um quesito antigo no regulamento, que coercitivamente determinava que os enredos desenvolvidos pelas agremiações tivessem delimitação apenas nacional, mas mesmo após a liberação das fronteiras criativas, a natureza brasileira continua inspirando o imaginário dos sambistas. Confira:

Na vida sou a fonte de energiaSou chuva, cachoeira, rio e marSou gota de orvalho, sou encantoE qualquer sede eu posso saciar 3b2z2o
Mocidade Independente de Padre Miguel, 1991 – Chuê, Chuá, as águas vão rolar

AmazôniaQue verde encantadorFauna tão lindaUm verdadeiro festival de cor 5f5ou
Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza

Amazônia Terra SantaDos igarapés, mananciaisAlimenta o corpo, equilibra a almaTransmite a paz 311r6v
Beija Flor, 2004 – Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz

Terra rica em frutos e pescaChico foi o mensageiroEm defesa da floresta 5i5231
Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza

Voa pássaro da pazVoa livre e vai mostrarQue essa área verde existePara o mundo respirar 6v5fu
Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza

Se Deus me deu vou preservarMeus filhos vão se orgulharA Amazônia é Brasil, é luz do criadorAvante com a tribo Beija-Flor 5s206o
Beija Flor, 2004 – Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz

Se não cuidarDa fonte das águas, dos riosDa fauna, da flora, do ar e do marPra que toda forma de vidaTenha sobrevida pra perpetuar. 20541o
Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio

Deixe prevalecer o bemContra todas ações do malPreservar é sobreviverAntes que chegue ao seu final. 516i42
Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio

Vamos usar a ciênciaCom mais consciência no nosso habitatTornando o nosso planetaUm lar aprazível pra gente morar 775u
Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio

Quem chamou de São Francisco foi navegadorNa serra, ele nasce pequeninoIlumina o destino, vai cumprir sua missãoSe expande pra mostrar sua grandezaGigante pela própria natureza 4o511v
Mangueira, 2006 – Das águas do São Francisco, nasce um rio de esperança

Água, fonte eterna da vidaTerra, templo da evoluçãoO homem surgiu, brincou de criarDescobriu tanta riquezaÉ preciso progredir sem destruirViver em comunhão com a natureza 342912
Portela, 2008 – Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o sonho vira realidade

Onde na pesca ou na plantaçãoPedras preciosas ou mineraçãoRios cachoeiras e cascatasFrutos pássaros e matasEnobrecem a nação 3a6f1e
Mangueira, 1970 – Um Cântico à Natureza

Eu sou a água, sou a terra, sou o arSou PortelaUm sonho real, um grito de alertaA natureza que encanta a arela 5t3t6m
Portela, 2008 – Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o sonho vira realidade

Com a chegada do progressoAbalando a estrutura mundialPoluindo nossa terra 3l1gf
Salgueiro, 1979 – O Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal

E quem sofre é a NaçãoNesta batalhaOnde não há vencedorE a NaturezaCom seu cenário multicorRefloresce novamenteCom todo seu esplendor 6l6d6n
Salgueiro, 1979 – O Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal

Deixa me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá láO que vai acontecer nesta noite de esplendorO mar subiu na linha do horizonte, desaguando como fonteAo vento a ilusão desceO mar, ô o mar, por onde andei mareou, mareou 5r6y5
Portela, 1981 – Das maravilhas do mar fez-se o esplendor de uma noite

Salve o verde do Xingu… a esperançaa semente do amanhã… herançao clamor da naturezaa nossa voz vai ecoar… preservar! 3p373
Imperatriz Leopoldinense, 2017 – Xingu, o clamor que vem da Floresta

O Belo Monstro rouba as terras dos seus filhosDevora as matas e seca os riosTanta riqueza que a cobiça destruiu 74i22
Imperatriz Leopoldinense, 2017 – Xingu, o clamor que vem da Floresta

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