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A Agência de pesca japonesa suspendeu temporiamente a caça de baleias na Antártica, que acontece sempre entre novembro e abril, segundo informações da Agência Efe. O motivo seria a pressão contrária à sua frota baleeira exercida pela organização ambientalista Sea Shepherd.
Nesta segunda-feira, 14, países membros da Comissão Internacional da Baleia – Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai – também haviam feito uma manifestação, através de um comunicado internacional, exigindo o fim da caça científica dos cetáceos realizada pelo Japão no Oceano Austral. No documento, colocam a captura anual de baleias como um ime ao diálogo construtivo e a uma relação de confiança entre os países, visto que a ação sempre foi condenada pela comunidade internacional.
Leandra Gonçalves, responsável pela Campanha de Oceanos do Greenpeace, afirma que a organização está envolvida no monitoramento do comércio ilegal dos animais caçados desde o final de 2008. Na época, dois ativistas da unidade japonesa conseguiram se infiltrar na frota e denunciaram que houve venda ilegal. “Atualmente o escritório do Greenpeace no Japão tem realizado trabalho doméstico, conscientizando a população dos reais objetivos da caça às baleias na Antártica. Notamos que já houve uma diminuição da demanda pela carne desses animais, o que já vem desencorajando a atividade”, explica Leandra.
Este ano, a frota japonesa saiu mais tarde do que o habitual. A partida rumo ao Hemisfério Sul, que costuma ser em novembro, aconteceu em meados de dezembro. Leandra ressalta que “isso é um reflexo de que cerca de 70% da população japonesa já não apoia a caça às baleias. O consumo interno foi fraco e os estoques estão cheios de carne. Havia aproximadamente 5.700 toneladas guardadas em agosto de 2010, segundo o Greenpeace-Japão”.
De fato, o navio baleeiro Nisshin Maru, estava chegando mais tarde na Antártica e foi localizado próximo ao continente na segunda-feira, como mostra o mapa feito pelo ambientalista José Truda Palazzo Júnior com orientação da Paul Watson. Com a paralização da caça, as autoridades japonesas estudam como proteger o navio que deveria ficar até março na região. Ainda não há informações sobre um possível retorno antecipado da embarcação.(Flávia Moraes)
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Encontro debate liberação da caça à baleia
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