Notícias

Moçambique transforma Lago Niassa em reserva 446d38

Uma das zonas úmidas mais importantes da porção sul do continente africano foi incluída como sítio protegido pela Convenção de Ramsar. População apoia iniciativa.

Daniele Bragança ·
14 de junho de 2011 · 14 anos atrás
O Lago Niassa é o terceiro maior da África e possue 700 metros de profundidade. Comunidades de pescadores dependem da conservação do ecossistema, (foto: WWF)
O Lago Niassa é o terceiro maior da África e possue 700 metros de profundidade. Comunidades de pescadores dependem da conservação do ecossistema, (foto: WWF)
O governo de Moçambique, país da África Austral, fronteiriço com Malawi, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue, decretou a criação da Reserva parcial do Lago Niassa, incluindo a aprovação da proposta do lago como um sítio Ramsar.

A Convenção de Ramsar (Convenção sobre as Zonas Úmidas de Importância Internacional) é o primeiro tratado intergovernamental de cooperação internacional para a conservação e sustentabilidade das chamadas “Zonas Úmidas”. Ao o tratado, o País compromete-se a planejar territorialmente o uso sustentável do sítio, incentivando a legislação sobre o assunto. Também designa sítios adicionais para a lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, assegurando a sua conservação.

 
O mapa da reserva. Clique para ampliar (fonte WWF)
O mapa da reserva. Clique para ampliar (fonte WWF)

O Lago Niassa, que mede 2,96 milhões de hectares e 700 metros de profundidade, é o terceiro maior da África. O lago de águas tropicais e praias é o lar de cerca de 1.000 espécies de peixes da família dos ciclídeos, com apenas 5% encontrados em outros lugares. A região também é lar de populações de aves, mamíferos e répteis.

As comunidades locais do Lago Niassa foram fundamentais para alcançar o sucesso, fazendo várias concessões a fim de proteger a sua principal fonte de alimento e renda ao concordar com o encerramento de todas as atividades de pesca durante a desova do salmão do lago e outras espécies, bem como a proteção total da Tilápia . Além disso, uma equipe de guardas comunitários responsável pela istração distrital irá colaborar com a Marinha para fazer cumprir as leis existentes em torno da pesca ilegal, corte de madeira, migração ilegal, a mineração e pirataria.

O Lago Niassa é único e possui uma rica fauna aquática. Daí sua grande importância científica e econômica. O governo de Moçambique já possui plano de desenvolvimento do turismo, assim como promoção de melhor aproveitamento das riquezas do Lago pela população local, que tem densidade populacional de 6 habitantes por km2, segundo o site do Ministério do Turismo.

{iarelatednews articleid=”24770,21001,20040″}

  • Daniele Bragança 314r41

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

Leia também 1b437

Reportagens
27 de maio de 2025

Ajustes em trilha podem melhorar sua função de corredor ecológico no Cerrado 4k6c5j

Desenho estratégico de 'rodovias verdes' colabora ainda mais para conservar espécies animais e de plantas, mostra estudo

Notícias
27 de maio de 2025

Estudo aponta multiplicação preocupante do peixe-leão no litoral brasileiro 2y2a21

Incidência de animais da espécie, invasores nas águas do País, pode chegar a 60% das unidades de conservação marinhas até 2034

Colunas
27 de maio de 2025

Cientistas negras viram a Maré: protagonismo e resistência na ecologia, evolução e ciências marinhas 6m1s35

No litoral pernambucano, mulheres negras das áreas de ecologia, evolução e ciências marinhas se reuniram para afirmar seus saberes, romper o isolamento acadêmico e construir um novo horizonte para a ciência com justiça, afeto e pertencimento

Mais de ((o))eco 386al

áfrica 2x532

Notícias

Pesquisadores lideram projeto para proteger chimpanzés na Uganda 372z70

Reportagens

A volta do dançarino dos desertos 5q5n2v

Reportagens

Contra desertificação e crise climática, África aposta na restauração 3u106

Notícias

Árvore ameaçada descoberta em Camarões ganha homenagem à DiCaprio 2d6j4d

unidades de conservação 4x4ed

Colunas

Mercantilização e caos no licenciamento ambiental brasileiro 6y4jn

Notícias

Com mudanças de última hora, projeto-bomba do Licenciamento é aprovado no Senado 38r1b

Salada Verde

Ação prende casal que capturou macaco-prego no Parque Nacional da Tijuca 5o2g6f

Reportagens

Maior área contínua de Mata Atlântica pode ser mantida com apoio do turismo 91ys

conservação 4u55e

Notícias

Estudo aponta multiplicação preocupante do peixe-leão no litoral brasileiro 2y2a21

Notícias

Legalidade de megadesmates no Pantanal avança para julgamento no STJ 2p2j4c

Colunas

No jogo das apostas, quais influenciadores apostarão na Amazônia? 22263e

Análises

Que semana, hein? 6s4y4a

mudanças climáticas 4jg2j

Podcast

Entrando no Clima #47 – COPs precisam abrir espaço para falar de justiça climática 121l25

Colunas

No jogo das apostas, quais influenciadores apostarão na Amazônia? 22263e

Notícias

Transição energética entra de forma discreta na terceira carta da Presidência da COP30 161u3k

Análises

Que semana, hein? 6s4y4a

Deixe uma respostaCancelar resposta 2s56o

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Comentários 2 1x5124

  1. José Verdasca diz:

    A medida agora adotada pelo governo moçambicano – antes alguns distinguiram-se por seus crimes – era indispensável, pelo que parabenizo os atuais governantes. lago de água doce não poluído, o Lago Niassa é uma RESERVA de água e peixe indescritível, sujeito a temporais e outros fenômenos telúricos impressionantes. A ilha Likoma – nas águas territoriais moçambicanas mas sob a soberania do Malawi – é um paraíso dispondo de boas ibstalações para turistas.


  2. José Verdasca diz:

    Quando residi na região do Lago Niassa falava-se que teria 600 metros de profundidade máxima; assisti em Metangula à vinda de Oeste para Leste de NÚVEM gigante de gafanhotos que obstruiu o Sol escurecendo o dia. A poucas dezenas de quilômetros a Norte e na margem fica o Cóbué, no prolongamento das Terras Altas da Tanzânia e altitudes acima de mil metros. Não conheci o salmão do lago.
    José Verdasca [email protected]