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Pará cria novo parque estadual para proteger maior árvore do Brasil 261j9

Nova unidade deriva da Floresta Estadual do Paru, que teve porção recategorizada com o objetivo de proteção integral

Cristiane Prizibisczki ·
7 de outubro de 2024
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

O Pará oficializou, na última semana, a criação de uma nova unidade de conservação no estado. Trata-se do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes, que deriva de uma porção da Floresta Estadual do Paru, recategorizada com objetivo de proteção integral.

A nova unidade tem cerca de 560 mil hectares e está localizada no município de Almeirim, na região oeste do estado. O principal destaque da área é a presença de árvores gigantes, incluindo um exemplar de angelim-vermelho (Dinizia excelsa) registrado como a maior árvore do Brasil e uma das dez maiores do mundo.

O angelim-vermelho tem 88,5 metros de altura, cerca de 400 anos de idade e quase 10 metros de circunferência. Sua altura equivale a 2,5 vezes a estátua do Cristo Redentor ou a um prédio de 30 andares.

Segundo o governo do Estado, a unidade de conservação foi estabelecida com o propósito de proteger essas espécies e preservar populações de flora e fauna ameaçadas de extinção, além de espécies raras e endêmicas que habitam a região. 

A Flona do Paru, um santuário de angelins com mais de 70 metros de altura, já esteve entre as mais devastadas da Amazônia. Em novembro de 2022, ela foi a terceira do ranking de unidades de conservação mais desmatadas, de acordo com estudo divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) à época.

Ao contrário da “Floresta Estadual”, que permite o uso sustentável, a categoria parque é considerada de proteção integral e permite apenas a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico.

A iniciativa de conservação é liderada pelo Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e conta com a parceria do Instituto Federal do Amapá (IFAP), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiamento do Andes Amazon Fund (AAF).

  • Cristiane Prizibisczki 48324h

    Jornalista com quase 20 anos de experiência na cobertura de temas como conservação, biodiversidade, política ambiental e mudanças climáticas. Já escreveu para UOL, Editora Abril, Editora Globo e Ecosystem Marketplace e desde 2006 colabora com ((o))eco. Adora ser a voz dos bichos e das plantas.

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Comentários 2 1x5124

  1. JOAQUIM CAMILO diz:

    Que notícia boa ,devemos proteger essas espécies ameaçadas ,pérola,canafrista,e tantos mais e claro o nosso Angelina vermelho, para o governo do pará pela bela iniciativa


  2. Maria Ivaneide da Silva Assunção diz:

    Parabéns pela bela e necessária iniciativa. Em Óbidos aqui no Pará há uma serra, praticamente no centro da cidade, a Serra da Escama, que poderia ser transformada num parque. Ali, além de animais em extinção como guaribas há também muitas espécies raras de madeiras de lei(cedro, a acapu, itaúba etc) que estão sendo dizimadas. A Serra é a única área de refúgio dos bichos terrestres durante as severas secas. Será que não haveria chance dela ser transformada em Parque Estadual? Por favor deem uma força. Obrigada.